sexta-feira, 30 de março de 2012

Facebook censura cartaz de filme por suposto "teor sexual"


Rafael Maia
Terra Noticias
 
A produtora e distribuidora de filmes brasileira Tucumán acusou a rede social com o maior número de usuários do planeta, o Facebook, de censurar uma fotografia de um cartaz do filme Slovenian Girl por conter, supostamente, um "teor sexual".
No site da Tucumán, a produtora afirma que a fanpage criada para o filme foi bloqueada por conter uma imagem que "viola o Guia de anúncios do Facebook" e por sugerir a pornografia, já que a mulher, na imagem, levanta a saia e deixa a calcinha à mostra. A produtora ainda afirmou que o Facebook não precisa ser uma "polícia dos bons costumes".
A representante da Tucumán Filmes, Priscila Rosario, falou ao Terra que postou a imagem com um anúncio no dia 5 de março e somente agora o bloqueio aconteceu. "Eu inclusive recebi um aviso de que isso estava acontecendo porque a imagem era obscena", disse. 

Procurado pelo Terra, a assessoria do Facebook adiantou que existem vários motivos pelos quais uma imagem pode ser bloqueada - e uma delas, inclusive, pode ser o montante de denúncias feitas por outros usuários.
Leia abaixo a nota "de repúdio à censura" na íntegra da produtora e o comunicado do Facebook:
A Tucumán Distribuidora de Filmes e seus colaboradores estão extremamente consternados e lamentam a atitude intolerante demonstrada pela rede social Facebook. A "fanpage" criada para o filme "Slovenian Girl", foi bloqueada por ter uma imagem que segundo os incompreensíveis critérios do site "viola o Guia de anúncios do Facebook". A imagem (uma atriz vestida, levantando a saia e deixando a calcinha à mostra) sugeriria pornografia. O Facebook tem feito frequentes censuras a imagens de arte confundindo-as com pornografia. E pelo visto a incompreensão apenas cresce. A imagem, que sequer possui nu, é o cartaz do filme e é, inclusive, divulgado na Europa. Possui os nomes do filme e da distribuidora, a ficha técnica e os louros adquiridos pelo filme. É triste ver o desrespeito a todos que idealizaram e trabalharam nessa obra que foi considerada o melhor filme europeu de 2010 pela European Film Academy. O Facebook não precisa ser uma polícia dos bons costumes.

Facebook:
Nossa política proíbe foto de pessoas de verdade nuas, não pinturas ou esculturas. Nós reconhecemos que essa política pode, em alguns casos, resultar em remoção de material artístico. Porém, ela foi feita para assegurar que o Facebook permaneça um ambiente seguro e confiável para todos os usuários, inclusive as muitas crianças (acima de 13 anos) que usam o site.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cineclube Natal exibe mostra "O cabelo no cinema" durante esta semana em Nalva Salão café

Os cabelos que fizeram a cabeça de gerações e contaram a história da moda no cinema estão de volta – desta vez, os masculinos. Depois da Mostra “Morena/Loira - O Cabelo no Cinema”, que o Cineclube Natal e Nalva Melo Café Salão produziram em julho de 2011 e que reuniu cinéfilos e fashionistas em sessões concorridas, uma “versão masculina” da Mostra foi programada para começar no próximo dia 26 de março, seguindo até 1° de abril.
Ainda sob a inspiração da Mostra preparada pela Cinemateca Francesa em Paris "Brune/Blonde", agora os sete filmes escolhidos pretendem abranger um panorama do estilo masculino ao longo da história, captado pelas lentes de cineastas que registraram o comportamento de homens em distintas culturas, lugares, épocas.

Do engomadinho Rodolfo Valentino, considerado um dos primeiros símbolos sexuais do cinema, até a ousadia dos anos 90, com os cabelos de outro galã, Johnny Depp, a filmografia escolhida mostra o quanto as referências de beleza mudaram ao longo das décadas no cinema. O topete de James Dean em Juventude Transviada virou ícone do estilo dos anos 50, e o visual de John Travolta em Os Embalos de Sábado à Noite é um retrato de que modas vão e voltam.

Há ainda a carequice de Yul Brynner em O Rei e Eu, e a farta cabeleira de Dennis Hopper em Sem Destino, demonstrando que cortes e penteados não são somente um detalhe na definição de um estilo masculino: eles fazem parte da identidade desses personagens, e contribuem para a força expressiva de suas figuras.

A oportunidade é não só para passear pela história do cinema ao longo do século XX, mas também uma forma de reconhecer as mudanças estéticas ocorridas ao longo desse tempo, no cinema e na sociedade. As sessões começam sempre às 19h, em Nalva Melo Café Salão, na Av. Duque de Caxias, n. 110, Ribeira. A taxa de manutenção é de R$ 2.


SINOPSES:

26/03: O cabelo de Rodolfo Valentino: o primeiro garanhão - O Sheik, 1922:
O Sheik Ahmed (Rodolfo Valentino) apaixona-se pela socialite britânica Diana (Agnes Ayres), e a seqüestra, levando-a para sua tenda em um deserto. Desesperada, Diana tenta escapar de suas mãos, mas acaba se envolvendo com este homem perigoso.

27/03: O cabelo de James Dean: a época da juventude transviada - Juventude Transviada, 1955:
Jim Stark (James Dean) é um bom rapaz, mas que acabou tomando rumo errado na vida sem motivo aparente - o que justifica o termo "rebelde sem causa" do título original. Seus pais sempre mudam-se de cidade para encobrir as besteiras que seu filho faz, porém Jim os confronta quando percebe que fez algo realmente sério desta vez. Em contraponto, acaba se apaixonando pela linda Judy (Natalie Wood), namorada do principal envolvido no caso errado de Jim.

28/03: O cabelo (falta de) de Yul Brynner: a marca da "carequice" – O Rei e Eu, 1956:
O filme conta a história verídica de uma inglesa viúva, Anna Leonewens (Kerr), que aceita um emprego no Sião para tornar-se professora da corte real em 1860. Apesar de ela logo se desentender com o teimoso monarca (Brynner), com o passar do tempo, Anna e o Rei deixam de tentar mudar um ao outro e começam a se entender. O Rei e Eu contém alguns dos mais magníficos cenários da história de Hollywood e algumas das mais amadas canções, incluindo "Getting To Know You", "I Whish Me a A Happy Tune", "Hello Young Lovers" e "Shall We Dance?".

29/03: O cabelo de Peter Fonda: a época de paz e amor - Sem Destino, 1969:
Um clássico dos anos 60, que marcou toda uma geração. Mergulhe na contracultura dos anos 60 sem nenhuma censura, nesta emocionante mistura de drogas, sexo e política. Jack Nicholson estrela com Peter Fonda e Dennis Hopper (que também dirige) neste clássico incomum, que a Revista Time elogiou como um dos dez mais importantes filmes da década. Indicado para o Oscar de Melhor Roteiro em 1969, Sem Destino continua a emocionar o público de todas as idades.

30/03: Os cabelos de Robert Redford e Paul Newman: loiro x castanho - Butch Cassidy, 1969:
Dois amigos inseparáveis, Butch (um ex-açougueiro) Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila.

31/03: O cabelo de John Travolta: a época da discoteca - Os Embalos de Sábado a Noite, 1977:
Tony Manero é um jovem sem perspectivas de vida, que só vê razão na sua existência quando está em uma pista de dança. Lá ele é o maioral, mas começa a questionar sua vida através da influência de algumas pessoas que o rodeiam.

01/04: O cabelo de Johnny Deep: a nova marca da rebeldia e ousadia – Benny & Joon, Corações em Conflito, 1993:
Nesta sensível comédia romântica, Benny (Aidan Quinn) e Joon (Mary Stuart Masterson) são irmãos. Ele, mais velho, toma conta dela, que tem problemas mentais. Quando perde uma aposta, Benny tem que fazer um favor a um amigo e trazer para casa mais um "maluquinho", Sam (Johnny Depp), que vive imitando Charlie Chaplin e Buster Keaton. Sam e Joon se apaixonam, e pela primeira vez Benny se vê com ciúme da irmã, com medo de perdê-la e tendo que aceitar que Joon pode e quer ter sua própria vida.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Os 10 filmes que a poeta Shauara David levaria para uma ilha deserta

1- As horas (Stephen Daldry)
2- O cheiro do ralo (Heitor Dhalia)
3- O monstro (Roberto Benigni)
4- O grande ditador (Charles Chaplin)
5- O pianista (Roman Polanski)
6- A pele que habito (Almodóvar)
7- Dogville (Lars von Trier)
8- A vida secreta das abelhas (Gina Prince-Bythewood)
9- Na natureza selvagem (Sean Penn)
10- Rain man (Barry Levinson)

terça-feira, 20 de março de 2012

"Comme la pluie nous manque parfois" conduz cena mágica do drama "A bela Junie"


Já pedindo perdão pelo "spoiller", segue abaixo belíssima cena do filme francês "A bela Junie" (La belle personne", de Christophe Honoré. A cena na verdade é uma canção, "Comme la pluie nous manque parfois", composta por Alex Beaupin e cantada por Gregoire Leprince-Ringuet (ambos e mais o diretor, de "Canções de amor", filme ultra citado neste blog tão passional. Como em "Canções de amor" e na boa tradição dos musicais mais ambiciosos, a canção funciona como um desabafo do personagem e conduz a narrativa da cena. O filme trata do cotidiano de estudantes franceses, envolvidos com problemas, amores e decepções. Vale a pena ser visto.

domingo, 18 de março de 2012

Cineforum Espanhol vai exibir "Alatriste" no IFRN da Cidade Alta

No mês de março o Centro de Recursos Didáticos de Espanhol e o IFRN Cidade Alta realizam mais uma edição do Cineforum Espanhol. A sessão acontecerá na quintafeira, dia 22, a partir das 17h, no auditório do IFRN Cidade Alta.
O Cineforum exibirá o filme espanhol Alatriste (2006), dirigido por Agustín Díaz Yanes e estrelado pelo americano Viggo Mortensen, no papel do capitão Diego Alatriste. É considerado um dos filmes de maior orçamento do cinema espanhol.
A história é baseada numa série de novelas escritas pelo antigo correspondente de guerra Arturo Pérez-Reverte, e retrata a Espanha do século 17 usando personagens fictícios e reais.
O projeto é destinado a professores e estudantes universitários de língua ou cultura espanhola, ou qualquer pessoa interessada pelos temas. A entrada é gratuita.

Serviço
Cineforum Espanhol exibe e debate: Alatriste
Quinta-feira, 22 de março, das 17h às 20h
Auditório do IFRN Cidade Alta
Avenida Rio Branco, 743 – Cidade Alta
Informações: (84) 4005-0972

segunda-feira, 12 de março de 2012

Os 10 filmes que Marina Rabelo levaria para uma ilha deserta


1 – A Mulher e o Atirador de Facas (La fille sur le pont). De Patrice Leconte, 1999.
Como disse o diretor Patrice Leconte, “[...] tenho a impressão que o cinema existe, ou foi inventado, para contar histórias de amor.” Esta, para mim, é uma das mais belas histórias de amor. A atuação dos dois atores (Vanessa Paradis e Daniel Auteuil) é impecável. E o filme ainda tem o charme de ser em preto e branco.

2 – O Porco Espinho (Le Hérisson). De Mona Achache, 2009.
O Porco Espinho é paixão recente. Filme baseado no livro “A Elegância do Ouriço” de Muriel Barbery. Não tem como não se encantar com a garotinha Paloma e não se emocionar com a zeladora Renée. Recomendo para todos.

3 – O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain). De Jean-Pierre Jeunet, 2001.
Amélie Poulain é uma doçura. É criatividade, originalidade e delicadeza. Não me canso. E a trilha sonora é fantástica.

4 – O Carteiro e o Poeta (Il postino). De Michael Radford, 1994.
A primeira vez que vi este filme eu era uma menina nos meus 14/15 anos e acho que foi a partir dele que meu olhar para o cinema mudou e se enriqueceu. A poesia só cresceu em mim depois de Mário Ruppolo.

5 – Respiro. De Emanuele Crialese, 2002.
Respiro é filmado em Lampedusa, uma ilha italiana no sul da Sicília. Mostra o drama de uma mulher e sua família em uma comunidade de pescadores. “A vida é imutável: tão sossegada como atrofiante, tão encantadora como cruel”. A fotografia é belíssima e a cena final é um espetáculo à parte.

6 – Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera (Bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom). De Ki-duk Kim, 2003.
Para não esquecer que a vida é um eterno recomeço.

7 – Mary e Max, Uma Amizade Diferente (Mary and Max). De Adam Elliot, 2009.
Mary e Max é uma animação australiana deliciosa e cativante. Não poderia faltar nessa ilha.

 
8 – Rumba. De Dominique Abel, Fiona Gordon & Bruno Romy, 2008.
O que falar de Rumba? Rumba é de poucas palavras e muitas cores. Rumba é tragicômico. Rumba é inesquecível.

9 – Estômago. De Marcos Jorge, 2007.
Dentre tantos filmes nacionais que eu gosto, resolvi escolher Estômago para entrar nesta lista. Porque é muito bom. Porque é inteligente, apetitoso e com ótimas atuações. Porque tem coxinhas (risos).

10 - Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (Mujeres al borde de un ataque de nervios). De Pedro Almodóvar, 1988.
Para finalizar esta difícil tarefa de escolher 10 filmes que eu não poderia viver sem, um Almodóvar. Com todo seu humor e suas excentricidades. Não poderia viver sem Almodóvar.