quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Johnny Depp e seu mais novo "rosto": o índio Tonto de "O cavaleiro solitário"


Ator fetiche de Tim Burton e capaz de alternar blockbusters como a franquia Piratas do Caribe com filmes sérios (Em busca da terra do nunca) e ainda dirigir projhetos próprios (o ótimo O bravo), Johnny Depp continua na sua trajetória de “homem mais mil faces”. Após mudar de rosto muitas vezes em filmes de Burton (Sweeney Todd, Barnabas Collins, Chapeleiro Louco, Willie Wonka, Edward Mãos de Tesoura entre outros), Depp investiu na maquiagem e no talento para viver o lendário índio Tonto na versão de Gore Verbinski (sim, o diretor de Piratas do Caribe e da excelente animação Rango) para The lone rider- O Cavaleiro solitário. Armie Hammer como o personagem-título

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sindicato dos Atores premia Daniel Day Lewis, Jennifer Lawrence e "Argo"

Na faixa de cinema, o filme "Lincoln" se destacou entre os vencedores do 19º SAG Awards, prêmio concedido pelo Sindicato dos Atores dos EUA. A cerimônia de entrega foi realizada no domingo (27), em  Los Angeles. 
A produção de Steven Spielberg, uma das favoritas ao Oscar 2013, recebeu prêmios para os atores Daniel Day-Lewis  -foto - (melhor ator) e Tommy Lee Jones (melhor ator coadjuvante).
A categoria melhor elenco, a mais importante da noite, no entanto, foi vencida por "Argo", cujo time de estrelas inclui Ben Affleck, Alan Arkin e John Goodman. O filme, drama sobre os reféns dos EUA no Irã em 1979, ganhou no sábado o PGA Awards, prêmio  concedido pelo Sindicato dos Produtores de cinema e TV, recebendo assim mais um impulso para o Oscar. Nos últimos cinco anos, os filmes escolhidos por este sindicato ganharam o Oscar de melhor filme.
Particularmente me surpreendi com a vitória de Jennifer Lawrence sobre Jessica Chastain. Comos os votantes do sindicato são praticamente os mesmos que votam para o Oscar, polde se avaliar que Lawrence começa a ganhar certo favoritismo. Confira os vencedores (em cinema):

Melhor elenco de filme: - "Argo" - VENCEDOR
- "O Exótico Hotel Marigold"
- "Lincoln"
- "O Lado Bom da Vida"



Melhor ator:
 - Daniel Day-Lewis - "Lincoln" - VENCEDOR
- Denzel Washington - "O Voo"
- Bradley Cooper - "O Lado Bom da Vida"
- Hugh Jackman - "Os Miseráveis"
- John Hawkes - "As Sessões"



Melhor atriz: Jennifer Lawrence - "O Lado Bom da Vida" - VENCEDORA
Marion Cotillard - "Ferrugem e Osso"
Jessica Chastain - "A Hora Mais Escura"
Naomi Watts - "O Impossível"
Helen Mirren - "Hitchcock"



Melhor ator coadjuvante:
Alan Arkin - "Argo"
Robert De Niro - "O Lado Bom da Vida"
Philip Seymour Hoffman - "O Mestre"

Tommy Lee Jones - "Lincoln" - VENCEDOR
Javier Bardem - "007 - Operação Skyfall" (Skyfall - 2012)



Melhor atriz coadjuvante:
Nicole Kidman - "The Paperboy"
Sally Field - "Lincoln"
Helen Hunt - "As Sessões"
Anne Hathaway - "Os Miseráveis" - VENCEDORA
Maggie Smith - "O Exótico Hotel Marigold"


(Com informações do UOL Cinema)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

"Amor" de Haneke pode vencer Oscar de melhor Roteiro Original


Cefas Carvalho



Considerada uma das mais nobres categorias do Oscar, aquela que premia a criatividade e as idéias, a premiação para Roteiro Original funciona muitas vezes como prêmio do consolação ou reparação para filmes brilhantes que, por uma ou outra razão, são negligenciados nos Oscars de melhor filme e direção. É o caso de Neil Jordan, vencedor do prêmio em 1992 por Traídos pelo desejo e Jane Campion (O piano, em 1993).

Por vezes, o Oscar de roteiro surpreende e vai para uma improbabilidade em outra língua (EUA detestam filme idioma não inglês e detestam ler legendas) como no caso de Pedro Almodovar em 2002 com Fale com Ela. Um homem, uma mulher ganhou com Claude Lelouch em 1966. Roteiristas-diretores como Federico Fellini e Ingmar Bergman foram várias vezes indicados para o Oscar  da categoria.

Tanto nhemnhemnhem para registrar que meu favorito ao oscar de Roteiro Original este ano é o austríaco Michael Haneke, por Amor. Ele concorre com dois roteiristas já premiados (Quentin Tarantino por Django Livre e Mark Boal por A hora mais escura - já venceram respectivamente com Pulp Fiction e Guerra ao terror), um que merece um Oscar há quase uma década (Wes Anderson pelo maravilhoso Moonrise Kingdom) e um que corre por fora por um filme tido como mediano. (John Gatins por O vôo). Enfim, seria mais quer merecido uma estatueta para o roteiro rico em detalhes e entrelinhas de Haneke e sua investigação sobre o doloroso processo de envelhecimento e sobrea a verdadeira natureza do amor.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Revisitando Fellini: Cabíria, a prostituta clown de um clássico que não envelhece

Cefas Carvalho

Motivado por uma pesquisa que venho fazendo sobre o cinema italiano pós neo-realismo, pela página do Facebook Mulheres de Fellini, feita pelo amigo cinéfilo Sandro Fortunato e também pela amada Sandra não ter visto os filmes do mestre dos anos 50, revi nos últimos dias, dois clássicos absolutos de Federico Fellini: A estrada da vida e As noites de Cabiria. Fellini é tão superlativamente elogiado e citado que pouco ou nada resta a comentar sobre vida e obra do gênio italiano que virou substantivo (felliniano), assim como Homero e Dante. Mesmo assim, vale registrar a opinião pessoal que os filmes do mestre - ao contrário de clássicos hollywoodianos como E o vento levou e musicais como Gigi - não envelhecem, pelo contrário, parecem melhorar (como filmes como Jules e Jim, de Truffaut). Gosto de La strada, mas tenho carinho especial pela história da prostituta clown vivida pela mulher e musa de Fellini, Giulietta Masina. O filme é agridoce, poético e inesquecível, obrigatório para qualquer cinéfilo que se preze. E, para continuar a revisita ao gênio, hora de rever 8 e meio e A doce vida...


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sobre a morte de Oshima e o impacto de "O império dos sentidos" em um adolescente inquieto



Cefas Carvalho

Morreu nesta terça dia 15 o cineasta japonês Nagisa Oshima aos 80 anos, em consequência de uma pneumonia. O homem celebrizou-se pelo mítico e proibido O império dos sentidos. Lançado em 1976, o filme foi proibido em diversos países, incluindo o Brasil, que vivia a malfadada Ditadura Militar.
Quando eu contava dezesseis anos, já tendo assistido Veludo Azul- divisor de águas em minha vida de cinéfilo- ouvia muito falar tanto no filme de Oshima como em O último tango em Paris. Este segundo, eis que foi exibido pela TV Bandeirantes numa noite de quarta-feira, para deleite dos jovens cinéfilos que, enfim, assistiam à “cena da manteiga”. Mas, faltava O império dos sentidos, que, claro, jamais passaria na TV aberta (era final dos anos 80, não se esqueçam, época pré-DVD e pré-Dowload de filmes...). Porém, o finado Cine Ópera, na praia de Botafogo, resolve exibir o filme em poucas sessões e durante dois dias apenas. Censura, 18 anos, claro, e eu contava 17 e alguma coisa. Contudo, a barba por fazer e os cabelos compridos devem ter me feito passar por 19, 20 anos e garantiram minha entrada (meus companheiros de aventura, Cláudio e Alfredo, já contavam 18 anos).
Eis que, uma hora e meis depois, havíamos descoberto o mundo de Oshima, mais que isso, novas possibilidades onde o cinema poderia ir. Um mundo onde o sexo e o desejo podiam ser levados aos extremos e onde se poderia relatar qualquer história sem pudor. Enfim, um tapa no universo puritano e conservador. Claro que assisti outras vezes o filme, e depois parte da obra do cineasta (os ótimos Império da Paixão, Tabu e Furyo), mas, inesquecível foi a impressão que o amor (?) de Sada e o senhor Kichizo despertaram no adolescente inquieto que eu era. Muito além da pulsão sexual do filme, há o talento de Oshima, observador da sociedade, crítico dos costumes, narrador de histórias viscerais e humanas. Descanse em paz, mestre!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Oscar divulga indicados com surpresas e favoritismo para Lincoln



Com algum atraso, segue neste blogue a lista completa de indicados ao Oscar, prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Uma lista com surpresas (algumas delas gratas). Surpresa dupla foi a exclusão dos nomes de Kathryn Bigelow (A hora mais escura) e Bem Affleck (Argo) na relação de melhor diretor. Na prática eles deram lugar a Michael Haneke (Amor) e Behn Zeitlin (Beasts of Southern Wild – Indomável sonhadora). Já tinha assistido Amor e previ neste blogue que o filme teria algumas indicações (teve mais quatro, para Filme, Atriz, Roteiro Original e Filme estrangeiro). Beasts, que assisti  ontem, é um filme maravilhoso e visceral, que merece cada prêmio que vem ganhando pelo mundo afora com destaque para a menina-prodígio Quvenquizané Wallis, de 6 anos, que tem uma interpretação marcante no filme. Enfim, um Oscar que se confira para consagrar Lincoln (que deve ganhar Filme, Diretor, Ator e Ator coadjuvante, entre outros) e que mostra um painel amplo de filmes de qualidade. Confira todos os indicados:

MELHOR FILME
"Indomável Sonhadora"
"O Lado Bom da Vida"
"Lincoln"
"A Hora Mais Escura"
"As Aventuras de Pi"
"Os Miseráveis"
"Amor"
"Django Livre"
"Argo"

MELHOR DIREÇÃO
Michael Haneke – “Amor”
Benh Zeitlin - “Indomável Sonhadora”
Ang Lee – “As Aventuras de Pi”
Steven Spielberg – “Lincoln
David O.Russell – “O Lado Bom da Vida”


MELHOR ATOR
Bradley Cooper
Daniel Day-Lewis
Hugh Jackman
Joaquin Phoenix
Denzel Washington

MELHOR ATRIZ
Jessica Chastain
Jennifer Lawrence
Emmanuelle Riva
Quvenzhané Wallis
Naomi Watts

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Christoph Waltz, "Django Livre"
Philip Seymour Hoffman, "The Master"
Robert De Niro
Alan Arkin
Tommy Lee Jones


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Adams
Sally Field
Anne Hathaway
Helen Hunt
Jackie Weaver


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
"Argo"
"Indomável Sonhadora"
"As Aventuras de Pi"
"Lincoln "
"O Lado Bom da Vida"



MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Moonrise Kingdom
Amor
A hora mais escura
Django Livre


MELHOR FILME ESTRANGEIRO
"Amor"  - AUSTRIA
"Kon-Tiki" - NORUEGA
"No" - CHILE
"O Amante da Rainha" - DINAMARCA
"War Witch" - CANADÁ

MELHOR ANIMAÇÃO
Valente
Frankenweenie
ParaNorman
Detona Ralph
Piratas Pirados


MELHOR FIGURINO
“Anna Karenina” – Jacqueline Durran
“Os Miseráveis” – Paco Delgado
“Lincoln” – Joanna Johnston
“Espelho, Espelho Meu” – Eiko Ishioka
“Branca de Neve e o Caçador” – Colleen Atwood

MELHOR DOCUMENTÁRIO
“5 Broken Cameras”
“The Gatekeepers”
“How to Survive a Plage”
“The Invisible War”
“Searching for Sugar Man”

MELHOR MAQUIAGEM
“Hitchcock” – Howard Berger, Peter Montagna e Martin Samuel
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” – Peter Swords King, Rick Findlater e Tami Lane
“Os Miseráveis” – Lisa Westcott e Julie Dartnell

MELHOR EDIÇÃO
“Argo” – William Goldenberg
“As Aventuras de Pi” – Tim Squyres
“Lincoln” – Michael Kahn
“O Lado Bom da Vida” – Jay Cassidy e Crispin Struthers
“A Hora Mais Escura” – Dylan Tichenor e William Goldenberg


MELHOR FOTOGRAFIA
“Anna Karenina” – Seamus McGarvey
“Django Livre” – Robert Richardson
“As Aventuras de Pi” – Claudio Miranda
“Lincoln” – Janusz Kaminski
“Skyfall” – Roger Deakins 


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Before My Time” (de “Chasing Ice”) – Música e letra de J.Ralph
“Everybody Needs a Best Friend” (de “Ted”) – Música de Walter Murphy e letra de Seth MacFarlane
“Pi’s Lullaby” (de “As Aventuras de Pi”) – Música de Mychael Danna e letra de Bombay Jayashri
“Skyfall” (de “Skyfall”) – Música e letra de Adele Adkins e Paul Epworth
“Suddenly” (de “Os Miseráveis”) – Música de Claude-Michel Schönberg e letra de Herbert Kretzmer e Alain Boublil


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
“Anna Karenina” – Dario Marianelli
“Argo” – Alexandre Desplat
“As Aventuras de Pi” – Mychael Danna
“Lincoln” – John Williams
“Skyfall” – Thomas Newman


DIREÇÃO DE ARTE
"Anna Karenina"
"O Hobbit: Uma Aventura Inesperada"
"Os Miseráveis"
"As Aventuras de Pi"
"Lincoln"

EDIÇÃO DE SOM
"Argo"
"Django Livre"
"As Aventuras de Pi"
"Operação 007 - Skyfall"
"A Hora Mais Escura"

MIXAGEM DE SOM
"Argo"
"Os Miseráveis"
"As Aventuras de Pi"
"Lincoln"
"Operação 007 - Skyfall"

EFEITOS VISUAIS
"O Hobbit"
"As Aventuras de Pi"
"Os Vingadores"
"Prometheus"
"Branca de Neve e o Caçador"