quarta-feira, 29 de junho de 2011

É preciso calar-se...


(É preciso) calar-se. Em francês, “(Il fault) se taire”, é o titulo da minha canção preferida entre as 11 do filme “Canções de amor”, (2007) de Christophe Honoré.  A cena é simples, com os atores Louis Garrel e Clotilde Hesme (nos papéis de Ismael e Alice) cantando melancolicamente a canção em uma redação plantonista, em uma madrugada fria parisiense. Dentro do contexto do filme, a canção ajuda a entender o estado de espírito dos personagens para o desencadeamento do filme. Acima, a cena citada, abaixo, a letra e a tradução da obra-prima.

(Il fault) se taire

(Alex Beaupin)

Se taire
tu m'en as tant dit, plus rien ne m'étonne
Se faire des serments muets, des promesses aphones
Les mots de trop
il faut se taire
nos langues se fatiguent, ménageons les pour
se faire langue contre langue un dialogue de sourd
parfois, crois moi,
on doit se taire
 
garde ta salive que je puisse enfin 
la faire couler dans ma gorge comme un doux venin
 
Les mots
de trop
il faut se taire
nos lèvres sont sèches et nos bouches ont mieux
à faire que se prendre au mot, que se prendre au jeu

parfois, crois moi,
on doit se taire
enfin

se taire
à la fin


(É preciso) Calar-se

Calar-se...
Muito já foi dito, nada mais me espanta
Fazer-se juramentos mudos, promessas roucas
Palavras demais
É preciso calar-se
Nossas línguas se cansam, deixemos que descansem
Que se faça língua contra língua, um diálogo de surdos

Acredite em mim, às vezes
Precisamos nos calar

Guarde sua saliva para que eu possa por fim
Fazê-la correr pela minha garganta como um doce veneno

Palavras
Em excesso
Precisamos nos calar

Nossos lábios estão secos e as nossas bocas têm mais a fazer
Do que se prenderem a palavras, que se prenderem ao jogo

Acredite em mim, às vezes
Precisamos nos calar
Enfim

Calar-se
No fim



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cena inicial de "Closer",

Sessão nostalgia: Cena inicial de "Closer", com "The blower´s daughter", de Damien Rice (que sobreviveu até a virar trilha de novela da Globo).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Um gato em Paris": Animação francesa à moda antiga com charme moderno


Na ensolarada e agradável tarde de sábado passado fui com minha filha Ananda e a amiga jornalista cinéfila Andressa Vieira conferir a animação francesa “Um gato em paris” (Une vie de chat). Entusiasta da animação européia e doido para assistir o máximo de filmes do Festival Varilux de Cinema Francês (veja post abaixo), não podia deixar passar a oportunidade de assistir ao desenho na tela grande. Passado o filme, a constatação que o dinheiro e o tempo foram muito bem empregados. Trata-se de uma animação encantadora, à moda antiga (nada de animação digital e sim a boa e velha justaposição de quadros desenhados). A trama é simples e ao mesmo tempo engenhosa: um gato leva uma “vida dupla”, tendo como donos de dia, uma menina solitária filha de uma delegada de policia, e á noite, um ladrão de jóias. Um mal entendido faz com que a menina Zoe, o ladrão e a mãe-delegada se envolvam com um grupo de criminosos e perseguições pela noite de Paris. Nada com o ritmo acelerado norte-americano. Tudo muito ameno, bem humorado e cheio de gags e citações da cultura francesa. A cena final – esta ao estilo americano, sim – engloba uma perseguição em meio às gárgulas da catedral de Notre Dame. Confira abaixo o trailer desta pérola. Dirigido e escrito por Alain Gagnol e Jean Loup Felicioli, “Um gato em Paris” merece ser visto e revisto por crianças e adultos. Pena que nos cinemas tem que ceder espaço para “Kung Fu Panda 2” e “Se beber não case 2”...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Moviecom terá Festival de Cinema Francês de 10 a 16

A edição 2011 do Festival Varilux de Cinema Francês trará a Natal o melhor da recente produção cinematográfica francesa. A mostra será realizada de 10 a 16 de junho, no Moviecom.

São dez os filmes selecionados, todos inéditos. Confira a lista:

• COPACABANA (Comédia dramática - 1h47 - 12 anos)
Direção: Marc Fitoussi
Com: Lolita Chammah, Aure Atika

Sessões: segunda (16h50), terça (14h35), quinta (21h30) e sábado (19h15)

Inconsequente e jovial, Babou nunca se preocupou com status social. Porém, ao descobrir que sua filha está com vergonha de convidá-la para o seu casamento, decide “encaretar”. Sentindo seu amor materno rejeitado, Babou resolve se tornar corretora de imóveis na monótona cidade litorânea de Ostende, em pleno inverno. Na hostilidade dessa estação balneária fora de temporada, ela poderia ser tentada a abrir mão desse trabalho e aproveitar a vida. Mas Babou resiste, determinada a recuperar a estima da filha e lhe dar um presente de casamento digno desse nome.

LOBO (Aventura - 1h42min - 12 anos)
Direção: Nicolas Vanier

Sessões: quarta (21h30) e sexta (14h35)

Sergueï é um rapaz do povo Évène, povo nômade criador de rena que vive nas montanhas da Sibéria Oriental. Quando ele completa 16 anos, é nomeado Guardião do grande rebanho de renas do clã de Batagaï. Ainda menino, Sergueï aprendeu a caçar e a matar lobos sem dor. Até o dia em que o encontro com uma loba e seus adoráveis filhotes altera todas as suas certezas...

O PAI DOS MEUS FILHOS (Drama - 1h50 - 12 anos)
Direção: Mia Hansen-Love

Sessões: segunda (14h35), quarta (16h05) e sábado (16h50)

Grégoire Canvel tem tudo que deseja: uma esposa amada, três adoráveis filhos e uma profissão que é a sua paixão, ele é produtor de filmes. Com determinação e carisma excepcionais, Grégoire multiplica admiradores. Tudo parece perfeito. Porém, sua prestigiosa empresa de produção, a Moon Films, vacila. Com filmes produzidos demais, riscos demais, passivos demais, as ameaças se tornam realidade.

OS NOMES DO AMOR (Comédia - 1h44 - 12 anos)
Direção: Michel Leclerc

Sessões: terça (19h), sexta (16h50) e domingo (21h30)

Bahia Benmahmoud, uma jovem mulher extrovertida, é comprometida com seus ideais políticos: sem limites, ela não hesita em transar com seus inimigos para convertê-los à sua visão política, o que significa, potencialmente, muita gente, porque, em suma, todas as pessoas de direita representam sua causa. Ela costuma ter bons resultados, até o dia em que encontra Arthur Martin...

• POTICHE - ESPOSA TROFÉU (Comédia - 1h43 - 12 anos)
Direção: François Ozon
Com: Catherine Deneuve

Sessões: quinta (19h15), sexta (19h15) e sábado (21h30)

Em 1977, em uma província francesa, Suzanne Pujol é a esposa burguesa submissa de um rico industrial, Robert Pujol. Ele dirige uma fábrica de guarda-chuvas com mão de ferro e é um homem desagradável e autoritário com os funcionários, os filhos e a esposa. Esta é considerada por ele um objeto, uma Potiche. Após uma greve e o sequestro do seu marido, Suzanne fica à frente do comando da fábrica e, para surpresa geral, se revela uma mulher de ação, uma líder nata.

SIMON WERNER DESAPARECEU (Thriller - 1h33 - 12 anos)
Direção: Fabrice Gobert

Sessões: quinta (14h35) e domingo (16h15)

Março de 1992, nos arredores de Paris. Durante uma festa regada a muito álcool, um grupo de adolescentes encontra um corpo aparentemente sem vida na floresta, escondido no mato. Quinze dias antes, no liceu Léon Blum, um aluno de ultimo ano, Simon Werner, não responde à chamada. Manchas de sangue são encontradas numa sala de aula. Fuga, sequestro, suicídio, assassinato?

UM GATO EM PARIS (Animação / Aventura - 1h10 - livre)
Direção: Alain Gagnol, Jean-Loup Felicioli

Sessões: quarta (14h35), sábado (14h35) e domingo (14h35)

Dino é um gato que divide sua vida entre duas casas. Durante o dia, ele vive com Zoé, a filha de Jeanne, uma delegada de polícia. Durante à noite, ele escala os tetos de Paris em companhia de Nico, um ladrão de grande habilidade. Jeanne está investigando vários roubos de joias e ainda precisa cuidar da vigilância do Colosso de Nairóbi um grande monumento cobiçado pelo bandido Costa. Dino é testemunha de tudo que acontece e viverá muitas aventuras.

UMA DOCE MENTIRA (Comédia - 1h45min – 12 anos)
Direção: Pierre Salvadori
Com: Audrey Tautou

Sessões: segunda (19h15), quinta (16h50) e sexta (21h30)

Numa manhã de primavera, Emilie recebe uma linda carta de amor anônima. Sua primeira reação é jogar a carta no lixo. Mas ela vislumbra uma forma de salvar sua mãe, uma mulher triste e isolada desde a partida de seu marido. Sem pensar muito, ela envia a carta para a mãe, sem saber que o autor é Jean, seu tímido empregado. Emilie não imagina que seu gesto desencadeará uma série de desentendimentos, criando situações fora de controle.

VÊNUS NEGRA (Drama histórico - 2h44min - 16 anos)
Com: Yahima Torres
Direção: Abdellatif Kechiche

Sessões: terça (21h15), quarta (18h20) e domingo (18h15)

Paris, 1817, Academia Real de Medicina. Em frente a um molde do corpo de Saartjie Baartman, o anatomista Georges Cuvier é categórico: “Nunca vi uma cabeça humana tão parecida como a dos macacos.” Uma plateia de eminentes colegas cientistas aplaude a demonstração. Sete anos antes, Saartjie deixara a África do Sul como escrava de Caezar, sendo obrigada a exibir seu corpo ao público londrino nas feiras de aberrações.

XEQUE-MATE (Comédia dramática - 1h40 – 12 anos)
Direção: Caroline Bottaro
Com: Sandrine Bonnaire

Sessões: segunda (21h30) e terça (16h50)

Num vilarejo de Córsega, a vida de Hélène, uma mulher retraída e discreta, é feita de dias que parecem sempre iguais… Ela trabalha como arrumadeira num hotel e, aparentemente, é feliz com seu marido, Ange, e sua filha, Lisa, uma adolescente de 15 anos. Sua vida modesta e monótona parece não ter chance de mudar... Porém, um dia, durante a limpeza dos quartos, ela se depara com um jovem casal de americanos jogando xadrez e fica fascinada.

SERVIÇO | FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
De 10 a 16 de junho
Local: Moviecom (Praia Shopping)
Entrada: segundas, terças e quintas - R$ 10 e R$ 5 (meia) | quartas - R$ 8 e R$ 4 (meia) | matinê nas sextas, sábados, domingos e feriados - R$ 13 e R$ 6,50 (meia) | sextas, sábados, domingos e feriados após as 18h - R$ 15 e R$ 7,50 (meia)
Informações: www.festivalcinefrances.com | www.moviecom.com.br

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Documentário aborda vida, obra e relevância de Mercedes Sosa


Getty Images
Mercedes Sosa é homenageada em filme

Artistas como Silvio Rodríguez, Caetano Veloso e Shakira, e políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Michelle Bachelet e Felipe González participam de um documentário que foi apresentado neste domingo (5) em Buenos Aires em homenagem à falecida cantora argentina Mercedes Sosa.
Produzido por Fabián Matus, filho da artista, e dirigido por Rodrigo Vila, o filme A Voz da América Latina percorre a vida, obra e influência da artista através de entrevistas de seus familiares, artistas e dirigentes políticos.
O documentário também conta com o cantor Chico Buarque, o músico inglês Sting, o dançarino argentino Julio Bocca e seu compatriota e músico Daniel Barenboim, entre outros, o mesmo que os presidentes da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner; do Equador, Rafael Correa; do Uruguai, José Mujica, e de Israel, Simón Peres.
"Mercedes Sosa é minha mãe e é ao mesmo tempo a cantora de todos. Foi a militante, a artista e ao mesmo tempo a que acariciou minha cabeça e meus sonhos, a que acompanhou meus medos, alimentou minhas fantasias e estimulou meu trabalho. Essas duas mulheres estiveram sempre juntas. Assim conto minha história", disse Matus ao apresentar o documentário.
Rodrigo Vila, no entanto, destacou à Agência Efe a "enorme responsabilidade" que foi realizar um documentário que "reúne o legado de uma artista de prestígio como Mercedes Sosa".
"Foi um árduo trabalho que ainda não concluímos, mas sinto um grande orgulho por poder levá-lo adiante", disse.
O documentário tem duas versões, uma cinematográfica de 100 minutos e outra com a metade do tempo pensada para ser emitida pela televisão.
Para o próximo ano se espera também que a Universal reedite os 36 discos que a artista gravou durante sua carreira.
Mercedes Sosa morreu em outubro de 2009 aos 74 anos como consequência do agravamento de uma afecção hepática.

Agência EFE

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Programação do Cinemark “proibida” para maiores mentais de 15 anos



A programação da rede Cinemark, situada no 3º piso de “Miduei Mol” dedicidamente está imprópria para maiores mentais de 15 anos. Sem execção, todas as salas do complexo exibem filmes nada complexos. Em cartaz a animação “Kug Fu Panda 2”, o filme de ação razoavelmente cerebrada “X-Men: Primeira Classe”, o de ação descerabrada “Velozes e furiosos 5”, mais um filme da franquia “Piratas do Caribe”, a comédia grosseira “Se beber não case 2” e a comédia romântica desmiolada “O noivo da minha melhor amiga”. A única coisa para adultos ou maiores mentais de 15 anos ali no Ciemark é o novo filme de Francis Ford Coppola, “Tetro”, em sessão única às 14 em apenas uma sala, feito sob encomenda para quem não trabalha e não estuda ou está com uma bem vinda folga. Bem, lá vamos nós recorrer ao acervo da Sétima Arte ou buscar aqueles links para baixar filmes...

Tropa de elite 2' domina Grande Prêmio do Cinema Brasileiro



Henrique Porto Do G1 RJ
 
"Tropa de elite 2", o longa-metragem recordista de bilheteria do cinema nacional, foi o grande vencedor da 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado na noite desta terça-feira (31)  no Teatro João Caetano, Centro do Rio de Janeiro.

Dirigido por José Padilha, o filme concorreu em 16 das 27 categorias e teve "Chico Xavier", também com 16 indicações, como seu maior rival. A trama envolvendo o Capitão Nascimento acabou levando nove troféus, incluindo melhor diretor, melhor ator (Wagner Moura), melhor longa-metragem de ficção e melhor longa escolhido por voto popular. Já o filme de Daniel Filho foi melhor nas categorias de melhor maquiagem, melhor roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante (Cássia Kiss).

Ao fim da premiação, Padilha elogiou as demais produções concorrentes e disse nunca ter considerado "Tropa 2" uma barbada para este ano.

"Tivemos grandes filmes, difícil saber quem ia ganhar. E qualquer que fosse o vencedor, seria merecedor. Mas esses prêmios são coisas simbólicas, cinema não é uma corrida, com primeiro, segundo e terceiro lugares", comentou o diretor, que subiu no palco seis vezes ao longo da noite para receber troféus.
"Muita gente que foi premiada não pôde vir [o ator Wagner Moura, o fotógrafo Lula Carvalho e o roteirista Bráulio Mantovani]. Fui pegar o prêmio pelos outros. Nunca tinha subido tantas vezes ao palco. Fiz uma ginástica. Foi bom", brincou o diretor, se apressando em dizer que não pensa em rodar um terceiro filme da franquia.

Empate
Até metade da cerimônia, apresentada pelo humorista Bruno Mazzeo e pela atriz Fabíula Nascimento, "Chico Xavier", "Quincas Berro D'Água" e ""Tropa de elite 2" disputavam a liderança troféu a troféu. Mas na hora dos prêmio principais, o filme de Padilha abriu vantagem. A curiosidade ficou por conta do empate entre Caio Blat, de "As melhores coisas do mundo", e Andre Mattos, de "Tropa 2", na categoria melhor ator coadjuvante.

"Dividir o prêmio com o Caio, que é um ator maravilhoso, e ser finalista junto com Cassio Gabus Mendes [de 'Chico Xavier'] alimenta a nossa alma. A gente vai para o próximo trabalho alimentado e feliz", disse Andre, que termina em julho de filmar "Giovanni Improta", longa dirigido por José Wilker e baseado no personagem criado pelo autor Aguinaldo Silva na novela “Senhora do destino”.

Homenagens
Lucy e Luiz Carlos Barreto foram os grandes homenageados da noite com o prêmio Eleonora de Martinio Salim pelos 50 anos dedicados ao cinema brasileiro.

"Acho que a academia devia ter feito um seguro de vida para um homem de 83 anos poder receber esta homenagem e sofrer esta emoção. Porque isso é sofrimento, mas também uma alegria enorme. E trouxe meus filhos junto. Somos a Família Titanic. Porque, se o cinema não der certo, vamos afundar", disse o produtor, que relembrou a trajetória profissional desde os tempos de repórter fotográfico da revista "Cruzeiro".

"O cinema americano não faz mais filme, faz videogame. Nós fazemos e continuaremos a fazer um cinema humanista. Chega de burocracia. Vamos fazer cinema e botar tudo na tela", concluiu.

Vencedora da categoria de melhor atriz pelo trabalho em "Lula, o filho do Brasil", Glória Pires classificou a noite como "especial, surpreendente e muito emocionante", em parte ligado à família Barreto.
"É uma noite em que se homenageia Lucy e Luiz Carlos. Através deles, comecei no cinema. Além disso, aqui neste teatro, meu pai, o ator Antonio Carlos, foi velado. Ele é minha inspiração", disse Glória, que dedicou o prêmio à pronta recuperação de Fábio Barreto, filho do casal, e diretor do longa — ele sofreu um acidente de carro em dezembro de 2009.
De pé
Outras duas figuras importantes do cinema nacional também seriam homenageadas: o maestro Remo Usai, compositor de trilhas de filmes como "Assalto ao trem pagador", "Mandacaru vermelho", "Kuarup" e a comédia "O trapalhão nas minas do Rei Salomão"; e a atriz, diretora e produtora Norma Bengell, que protagonizou o momento de maior emoção da noite. Depois de entrar no palco sentada em uma cadeira de rodas, pediu ajuda para levantar-se para receber o prêmio.

"Queria ficar de pé para agradecer a vocês. Alguém pode me ajudar? Vocês não sabem a felicidade que é estar aqui. Há oito meses não saía de casa. Muito obrigada", disse Norma que, chorando, também foi aplaudida de pé.
Outro destaque da noite foi o documentário "Dzi Croquettes", de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, que ganhou os prêmios de melhor longa-metragem documentário pelo voto popular e melhor montagem documentário.

As cerca de duas horas de premiação contaram também com uma apresentação da cantora Thalma de Freitas e com a participação dos músicos Pedro Sá e Domenico Lancellotti, que impsovisavam temas ao vivo como trilha sonora para os anúncios dos prêmios.

Confira a lista completa de premiados:


Melhor curta-metragem de animação: "Tempestade", de Cesar Cabral
Melhor curta-metragem documentário: "Geral", de Anna Azevedo
Melhor curta-metragem de ficção: "Recife frio", de Kleber Mendonça Filho
Melhor longa-metragem estrangeiro: "O segredo dos teus olhos" (Argentina / Espanha), de Juan José Campanella
Melhor efeito visual: Darren Bell, Geoff D. E. Scott e Renato Tilhe, por "Nosso lar"
Melhor longa-metragem infantil: "Eu e meu guarda-chuva", Toni Vanzolini
Melhor figurino: Kika Lopes, por "Quincas berro d'água"
Melhor maquiagem: Rose Verçosa, por "Chico Xavier"
Melhor direção de arte: Adrian Cooper, por "Quincas berro d'água"
Melhor som: Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Leandro Lima, por "Tropa de elite 2"
Melhor trilha sonora: Guto Graça Mello, por "O homem que engarrafava nuvens"
Melhor trilha sonora original: Jaques Morelenbaum, por "Olhos azuis"
Melhor montagem ficção: Daniel Rezende, "Tropa de elite 2"
Melhor montagem documentário: Raphael Alvarez, por "Dzi croquetes"
Melhor fotografia: Lula Carvalho, por "Tropa de elite 2"
Melhor longa-metragem documentário: "O homem que engarrafava nuvens", de Lírio Ferreira
Melhor atriz coadjuvante: Cassia Kiss, por "Chico Xavier"
Melhor ator coadjuvante: André Mattos, por "Tropa de elite 2", e Caio Blat, por "As melhores coisas do mundo"
Melhor roteiro original: Braulio Mantovani e José Padilha, por "Tropa de elite 2"
Melhor roteiro adaptado: Marcos Bernstein, por "Chico Xavier"
Melhor atriz: Glória Pires, por "Lula, o filho do Brasil"
Melhor ator: Wagner Moura, por "Tropa de elite 2"
Melhor direção: José Padilha, por "Tropa de elite 2"
Melhor longa-metragem de ficção: "Tropa de elite 2", de José Padilha
Voto popular - Melhor longa-metragem estrangeiro: "A rede social", de David Fincher
Voto popular - Melhor longa-metragem documentário: "Dzi croquetes", Tatiana Issa e Raphael Alvarez
Voto popular - Melhor longa-metragem nacional: "Tropa de elite 2", de José Padilha