segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Amélie Poulain" melhora a cada vez que o assistimos

É prazeiroso e gratificante quando um filme melhora a cada vez que você o assiste, ano após ano, como uma magia acontecesse que tivesse o poder de melhorar as cenas, quando, na verdade, quem muda é o espectador. Tive esse prazer com alguns poucos filmes, como Jules e Jim, Noites de Cabíria, Gritos e Sussurros, que, a cada audição, parecem ganhar mais intensidade e luz (ao contrário de outros filmes amados como Sinfonia de Paris, Gigi e E o vento levou, que parecem envelhecer e melhor será que eu não mais os assista, preservando a primeira  - e bela - impressão. Tudo isso para dizer que revi O fabuloso destino de Amelie Poulain, e eis que o filme - mágico em essência - me pareceu ainda melhor que da primeira vez que o assisti. Razões para revê-lo com olhar diferente não me faltaram, pelas razões pessoais que mudam - para melhor ou pior - nosso olhar sobre uma película, mas, independente de tudo, o filme se engrandeceu, com suas cores, sua suavidade, seu hino à vida (sem ser piegas, que fique bem claro), sua necessidade de transcender o real justamente para nos mostrar quão bela pode ser a realidade. PS: Abaixo, a sequência em que são mostrados os pequenos prazeres de Amelie.