terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

"Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore": Curta de aminação vencedor do Oscar fala sobre amor pelos livros


Segue abaixo na íntegra o maravilhoso curta de aminação “Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore”, de William Joyce e Brandon Oldenburg, que ganhou o Oscar na categoria há alguns dias. Poético, lírico e mudo (assim como “O artista”) é uma animação americana com um jeitão de européia que emociona qualquer um que goste de ler e ame os livros. Confira a obra prima.



domingo, 26 de fevereiro de 2012

"O artista" vence Oscars principais e quebra tabus

Confirmando o favoritismo geral, as premiações anteriores e a preferência assumida deste blogueiro, o longa-metragem francês "O Artista", mudo e em preto e branco, foi o grande vencedor do Oscar 2012 na noite do domingo 27. O filme levou cinco prêmios: melhor filme, direção (Michel Hazanavicius), ator (Jean Dujardin), figurino e trilha sonora. É a primeira vez que uma obra feita fora dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha vence o Oscar de melhor filme e a segunda muda na história – a outra foi "Asas", na primeira edição do prêmio, há 84 anos. Também é a primeira vez que um cineasta francês leva o prêmio de diretor. Idem em relação ao Oscar de ator. 
O belo e juvenil "A Invenção de Hugo Cabret", dirigido por Martin Scorsese, ganhou o mesmo número de estatuetas, mas em categorias técnicas. E Meryl Streep voltou a vencer o Oscar, o seu terceiro, por "A Dama de Ferro", após perder injustamente em anos anteriores em "Julia e Julie" e "Dúvida".
Como era de se esperar, "A separação" venceu o Oscar de filme em língua não inglesa. E Christopher Plummer o prêmio de ator coadjuvante pelo belo papel em "Beginners- Toda forma de amar".

Veja abaixo a lista completa de ganhadores do Oscar 2012.
Melhor filme: "O Artista"
Melhor diretor: Michel Hazanavicius, "O Artista"
Melhor ator: Jean Dujardin, "O Artista"
Melhor atriz: Meryl Streep, "A Dama de Ferro"
Melhor ator coadjuvante: Christopher Plummer, "Toda Forma de Amor"
Melhor atriz coadjuvante: Octavia Spencer, "Histórias Cruzadas"
Melhor roteiro adaptado: "Os Descendentes"
Melhor roteiro original: "Meia-noite em Paris"
Melhor animação: "Rango"
Melhor filme estrangeiro: "A Separação"
Melhor trilha sonora: "O Artista"
Melhor canção original: "Man or Muppet", de "Os Muppets"
Melhores efeitos visuais: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor fotografia: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor direção de arte: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor figurino: "O Artista"
Melhor edição: "Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
Melhor edição de som: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor mixagem de som: "A Invenção de Hugo Cabret"
Melhor documentário: "Undefeated"
Melhor curta-metragem: "The Shore"
Melhor curta-metragem de animação: "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"
Melhor documentário em curta-metragem: "Saving Face"

sábado, 25 de fevereiro de 2012

"O artista" vence o César, o "Oscar francês"

Cefas Carvalho
(Com informações do Ig)

Como era de se esperar, na antevéspera do Oscar, "O Artista" obteve na sexta-feira (24) o César de melhor filme, premiação máxima do cinema francês. "É um filme que ninguém queria fazer no começo, e agora estamos por cima; É uma bela história, emocionante", disse Michel Hazanavicius, que também ganhou o César de melhor diretor.
Filme mudo e em preto e branco, "O Artista" é estrelado pela atriz franco-argentina Bérénice Bejo e pelo ator Jean Dujardin. A história versa sobre duas estrelas de cinema dos anos 1920 em Hollywood, quando surge o cinema sonoro. Bejo, mulher de Hazanavicius, levou o César de melhor atriz por sua atuação no filme. O César de melhor ator foi para Omar Sy, protagonista de "Intouchables", visto por 19 milhões de espectadores na França. Trata-se de um humorista muito popular do Canal Plus, Sy é o primeiro ator negro a ganhar o César. Sinal dos tempos, já que o cinema francês - como a sociedade - vem se caracterizando pelo aspecto multiracial ("Entre os muros da escola", "Vênus negra", "O ódio", entre outros)
Assisti há um par de dias "O artista" e fico feliz que ele esteja tendo o reconhecimento e os prêmios que vem obtendo. É um filme excepecional, ímpar, criativo, poderoso e poético ao mesmo tempo. Merece todos os prêmios e aplausos e se tudo der certo ganhará o Oscar neste domingo (cá entre nós, "Os descendentes" não é tudo isso, "Hugo Cabret" é lindo mas juvenil demais). Segue a relação dos vencedores do César. Ah, claro que "A seperação" venceu como filme estrangeiro. E se não ganhar o Oscar amanhã, fechem a Academia!

Veja os principais premiados do César 2012.

Melhor filme: "O Artista", de Michel Hazanavicius
Melhor diretor: Michel Hazanavicius, por "O Artista"
Melhor atriz: Bérénice Béjo, por "O Artista"
Melhor ator: Omar Sy, por "Intouchables"
Melhor atriz coadjuvante: Carmen Maura, por "As Mulheres do Sexto Andar"
Melhor ator coadjuvante: Michel Blanc, por "L'Exercice de l'Etat"
Melhor fotografia: Guillaume Schiffman, por "O Artista"
Melhor trilha sonora: Ludovic Bource, por "O Artista"
Melhor filme estrangeiro: "A Separação", do iraniano Asghar Farhadi
Melhor documentário: "Tous au Larzac", de Christian Rouaud
Melhor filme de animação: "Le chat du rabbin", de Joann Sfar e Antoine Delesvaux
Melhor curta-metragem: "L'Accordeur", de Olivier Treiner

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Blue valentine": Drama americano sobre relações amorosas

Aproveitei os dias de Carnaval para  - entre outras coisas - assistir filmes. Uns inéditos e recentes (como o fantástico iraniano "A separação", cuja resenha sai neste blog em poucos dias), outros mais antigos (o bom "A garota de Trieste", italiano de 1983). E deu tempo de rever outros, como "Blue valentine", belíssimo drama americano de 2010 de Derek Cianfrance. Trata-se da história de amor (e desamor) dos personagens vividos por Ryan Gosling e Michelle Williams. Obrigatório para cinéfilos e recomendado para casais (desde que não estejam em crise). Segue o treiller.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Clip de Morrissey homenageia clássico “Dançando com um estranho”


Um dos grandes filmes que assisti no final dos anos 80 foi “Dançando com um estranho, de 1985”. Filmão inglês dirigido por Mike Newell (que depois se consagraria com “Quatro casamentos e um funeral” e anos depois estragaria Garcia Marquez com “O amor nos tempos de cólera”), relata a história de Ruth Ellis. a última criminosa executada na Inglaterra , por ter matado o amante David Blakeley . Morreu na Forca. Interpretado por Rupert Everett  (bem antes de assumir a homossexualidade)  David aproxima-se da gerente do bar que ele frequenta , aparentemente para beber de graça.

Miranda Richardson vive a mulher sofrida que se torna uma assassina. O título do filme é baseado na canção Would you dance with a stranger, muito popular na época em que se passa a história. Em lembrança ao filme e em homanegem ao cantor e compositor inglês Morrissey, que fará 3 shows no Brasil em março, segue o clip da belíssima “Interlude”, parceria de Morrissey com Siouxsie com cenas do filme.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Os 10 filmes que a poeta Adélia Danielli levaria para uma ilha deserta


1 - Apocalypse Now – EUA; 1979 direção: Francis Ford Coppola
Filme que reúne tudo que um excelente filme deve ter. Roteiro, fotografia, direção trilha sonora e atores incríveis, fazem desse filme um daqueles impossíveis de se esquecer. Destaque para a primeira cena com fundo musical de “The End” do “The Doors”. E o ataque aéreo ao som da “Cavalgada das Valquírias” de Wagner.

2 – Valentin -  Argentina; 2004 direção :  Alejandro Agresti
Se passa na década de 60 na Argentina  e a história gira em torno de um garoto de 9 anos chamado Valentin. Com pitadas de humor e uma fotografia aconchegante, esse drama de cortar coração tem como principal atração o vesguinho  e esperto  por quem não tem como não se apaixonar.

3-  Waking Life – EUA; 2001  direção: Richard Linklater
Literalmente um sonho  em que  faz o com que pensemos  em qual momento de fato estamos dormindo, ou acordados. Recheado de questões filosóficas, políticas, antropológicas e éticas, o que mais prende são as animações intercaladas com uma chuva de ideias constantes.

4-  Girl, interrupted   (Garota Interrmpida)  – EUA; 1999  direção: James Mangold
Ambientado em um hospital psiquiátrico, traz dramas de distúrbios mentais e inadequações  que por mais distantes que possam parecer,  geram uma forte identificação de cunho feminino.

 
5 - Les invasions barbares ( As Invasões Bárbaras) – França/ Canadá; 2003 direção: Denys Arcand
Filme inteligente, sensível, engraçado mesmo tratando de um tema aparentemente tão difícil. A morte. A beira da morte um homem reúne os amigos de vários anos, e parte da família para viver seus últimos momentos. Faz a gente pensar sobre o que de fato vale à pena nessa estrada.

6 - Zeitgeist: Addendum  EUA; 2008 direção: Peter Joseph
Segundo filme de uma trilogia o Zeitgeist: Addendum é imperdível, não só para cinéfilos, mas para todo e qualquer ser humano contido nesse sistema de  podres poderes financeiros, religiosos e midiáticos que só nos causam dívidas e prejuízos. Documentário rico em informações e ideias altamente baseadas e capazes de causar grandes transformações quando assimiladas. Acho esse filme necessário.

7 - Lisbela e o Prisioneiro  Brasil; 2003 direção: Guel Arraes
Porque sempre que está passando na tv não consigo não assistir. Engraçado com ótima trilha sonora. Destaque pra Cordel do Fogo Encantado, Elza Soares e Zé Ramalho.

8 -  Melancholia (Melancolia) Suécia, França,  Alemanha e Itália; 2011 direção Lars Von Trier

Filme lindo, forte, cheio de peso emocional, e dor, muita dor. Até o planeta Melancholia chegar e acabar com tudo. Fim. (?)


9 –  Baraka  USA ; 1992 direção Ron Fricke  
Documentário só de imagens, gravado em 23 países: Argentina, Brasil, Camboja, China, Equador, Egito, França, Hong Kong, Índia, Indonésia, Irã, Israel, Itália, Japão, Quênia, Kuweit, Nepal, Polônia, Arábia Saudita, Tanzânia, Tailândia, Turquia e EUA. Filme único para lembrar que planeta incrível vivemos.


10 -  Fahrenheit 451 Reino Unido; 1966 direção  François Truffaut
Filme de um futuro hipotético onde os bombeiros são homens encarregados em não permitir que existam livros, tendo como função queima-los. Faz pensar na loucura humana, no amor aos livros, conhecimentos e arte. Impossível não ficar impactado com a história.


Adélia comenta: “Ai segue minha difícil lista. Pra quem ver tantos filmes e ama tanto cinema como eu, é bem complicado escolher dez. Mas, amei a tarefa de pensar e escolher alguns, obrigada pela oportunidade de fazer isso”.