quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Caso ‘Chatô’: Guilherme Fontes é condenado a pagar R$ 2,5 milhões



iG Gente

Guilherme Fontes foi condenado pelo juiz Paulo Roberto Fragoso , da 31ª Vara Cível da Capital, a pagar uma indenização de mais de R$ 2,5 milhões para a Petrobras Distribuidora e para a Petrobras S/A pelo filme “Chatô, o Rei do Brasil”.
Segundo informações oficiais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, divulgadas nessa terça-feira (25), o ator assinou dois contratos com a empresa e não os honrou, já que não terminou as filmagens do longa. Por este motivo, Guilherme terá que devolver R$ 1.1 milhão para a Petrobras Distribuidora e R$ 1.486 milhão a Petrobras S/A, com a devida correção monetária e juros.
“A atitude do Réu em captar verbas públicas e não cumprir com o contratado sem apresentar qualquer justificativa para tanto fragiliza a credibilidade da classe que integra e frustra legítima expectativa das patrocinadoras. Esse comportamento, como dito, é prejudicial a todos os que necessitam desta linha de crédito, pois acarreta insegurança e desconfiança nos patrocinadores”, ressaltou o juiz Paulo Roberto Fragoso na decisão.

Entenda o caso:
Um dos donos da "Guilherme Fontes Filmes Ltda", Guilherme Fontes é produtor e diretor de “Chatô, o Rei do Brasil”. Iniciado em 1995, o filme conta a história de Assis Chateaubriand e é baseado na biografia escrita por Fernando Morais . Em 2008, sob processo instaurado pela Ancine (Agênca Nacional de Cinema), Guilherme foi indiciado por irregularidades nas contas e condenado pela Controladoria-Geral da União a devolver R$ 36,5 milhões aos cofres públicos, origem do dinheiro captado para a produção do filme.
Em 2010, Guilherme entregou o filme pronto em DVD a Ancine, que confirma o recebimento do disco, mas nega que a atitude dele tenha encerrado os processos e as dívidas com a Ordem. Segundo a Agência, Guilherme entregou uma obra cinematográfica chamada "Chatô - O Rei do Brasil", que não necessariamente seria o projeto inicial. Guilherme ainda teria que entregar uma versão em 35 mm e apresentar uma prestação de contas final, o que não foi feito. Por este motivo, ele foi condenado a três anos, um mês e seis dias de prisão por sonegação fiscal, pena que foi convertida em trabalho comunitário e multa. Na época, o ator e diretor entrou com um recurso contestando a decisão, e aguardou pela sentença divulgada nessa terça-feira (25).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deputado quer proibir filme de ursinho viciado

João Domingos - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) disse que pedirá nesta terça-feira, 25, aos Ministérios da Justiça e da Cultura que suspendam a exibição do filme Ted, de Seth MacFarlane, que estreou sexta-feira.
Protógenes assistiu ao filme com o filho Juan, de 11 anos. "Fiquei chocado e indignado com esse filme. Ele passa a mensagem de que quem consome drogas, não trabalha e não estuda é feliz", disse Protógenes.
O deputado, também delegado da Polícia Federal, criticou os Ministérios da Justiça e da Cultura por terem liberado o filme para maiores de 16 anos. "Não poderia ser liberado nem para 16 nem para 18 anos. Esse filme não pode ser liberado para idade nenhuma. Não deve ser veiculado em cinemas", afirmou. Protógenes disse que, como deputado, pedirá explicações dos dois ministérios sobre a liberação do filme.
O deputado postou sua indignação com o filme no Twitter. Informou que levou o filho Juan. O assunto repercutiu na internet e ficou entre os trending topics de Brasília, São Paulo e Rio, entrando na lista de temas mais falados no País nesta segunda-feira, 24. Houve uma enxurrada de respostas e críticas. Um dos comentários lembrou que o filme não é infantil, mas para maiores de 16 anos. "Desculpas, mas esse filme é um absurdo", rebateu Protógenes.
Ele afirmou que costuma levar o filho para ver filmes com classificação para adolescentes. "Se a faixa etária é para 18 anos, ele não vai; se é para 16, como esse Ted, eu levo, porque ele já é pré-adolescente. Vi a sinopse e pensei que poderia levar meu filho. Mas logo no início o filme apresenta cenas com drogas, até mesmo com modernos aparatos para o consumo de crack."
Protógenes disse que o filme é desrespeitoso, "endossa atitudes criminosas, satiriza o consumo de drogas e de álcool e instrui o espectador a não estudar e a não trabalhar". Segundo o deputado, é "um filme agressivo". Ele afirmou que, ao conversar com o filho sobre o conteúdo do filme, outras crianças ao lado disseram: "Tio, estamos sabendo, aquilo é maconha". Ele lembrou que acompanhava o filho, mas havia crianças sozinhas.
"Logo na primeira cena, falei para Juan que havia coisas erradas no filme. Ele respondeu: ‘Já sei, papai. Esse ursinho é preguiçoso, só quer saber de fumar maconha e crack, não trabalha, vive de bico, não estuda’. Eu ainda falei que quem não estuda e não trabalha acaba consumindo drogas, tentando ajeitar as coisas." Protógenes disse que o filho perguntou se ele queria ir embora. "Respondi que não. Queria ver até onde ia aquele desrespeito."
O deputado afirmou ainda que uma das cenas que mais chamaram sua atenção foi quando o ursinho Ted liga a televisão e aproveita para consumir drogas. Protógenes disse ainda que ficou indignado ao ver um herói de sua juventude - Flash Gordon - usando cocaína.
Ted é uma comédia que mostra a amizade entre um homem e seu urso de pelúcia da infância à idade adulta.

Nota do blogueiro: 1) Alguém avise a este imbecil que a censura no Brasil já terminou. 2) Que o ilustre parlamentar se informe melhor sobre os filmes antes de levar seu filho.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Universal adia lançamento do musical "Les Miserábles" para 25 de dezembro



A  Universal anunciou o adiamento da estreia do esperando musical "Les Miserábles", que passará do dia 14 de dezembro para o dia de natal, 25. As informações são do site da revista "The Hollywood Reporter". A data coincide com o lançamento dos longas "Django Livre", novo de Quentin Tarantino e "The Guilt Trip". Outra produção que estava prevista para o mesmo dia foi adiada pelos estúdios Warner Bros: "O Grande Gatsby", com Leonardo DiCaprio, que agora deverá ser lançado em meados de 2013.
Aguardado com ansiedade pelos cinéfilos, “Les miserábles”, adaptação do famoso musical que, por sua vez, é adaptado do clássico de Victor Hugo,conta com os atores Russell Crowe, Hugh Jackman e Anne Hathaway. Tem cheiro de Oscar. A direção fica por conta de Tom Hooper, justamente o vencedor do Oscar do ano passado com “O discurso do rei”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"César deve morrer": Drama dos irmãos Taviani que venceu Berlim tem trailler divulgado


Ícones do cinema de arte nos anos 70 e 80 e queridinhos dos cineclubistas, os Irmãos Taviani parecem não ter perdido a mão, e, para surpresa de muita gente - incluindo este blogueiro - venceram o Urso de Ouro (melhor filme) do último Festival de Berlim com "César deve morrer", na qual presidiários recriam dramaturgicamente a morte de Julio César. Com a  divulgação do trailler, fica a água na boca. O filme parece moderno e intenso. A esperar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

"Lincoln", de Spielberg tem trailler divulgado (e deve dar 3º Oscar a Daniel Day-Lewis)



Portal  UOL

Foi divulgado nesta quinta-feira (13) o trailer do filme "Lincoln", dirigido por Steven Spielberg. No Brasil, o filme está previsto para estrear no dia 25 de janeiro de 2013.
Protagonizado por Daniel Day-Lewis, o filme retrata a vida do presidente norte-americano Abraham Lincoln, mas nada tem a ver com "Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros", lançado no dia 7 de setembro e dirigido por Timur Bekmambetov.
O filme de Spilberg se concentra na sangrenta Guerra Civil norte-americana, quando o então presidente optou pela abolição da escravidão. Lincoln se mantém firme mesmo quando todos os outros políticos e sociedade estão contra ele.
Sally Field vive a primeira mulher de Lincoln, Mary Todd Lincoln. O elenco também inclui Tommy Lee Jones, Joseph Gordon-Levitt, Jackie Earle Haley, Jared Harris, Lee Pace, James Spader e John Hawkes. 

Nota do blogueiro: Há muito não consigo me entusiasmar com Spielberg, e me recusei a assistir Cavalo de Guerra por achar que lá estariam todos osclichês de manipulação que o cineasta tão bem sabe fazer. Contudo, tenho fascínio por Linclon e, fã de3 Daniel Day Lewis que sou, acabei me flagrando esperando ansiosamente este fime chegar às telas. E que tem cheiro do terceiro Oscar d emelhor ator para Day-Lewis, tem. Abaixo, o trailler do filme.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Animação francesa terá "fantasmas" de Oscar Wilde, Jim Morrisson e Piaf



Do UOL, em São Paulo 

Duas produtoras francesas estão juntando recursos para começarem a filmar a animação “Os Fantasmas de Père Lachaise”, um filme em 3D que terá como cenário o cemitério mais visitado do mundo.
Misturando comédia, fantasia e ação, a animação trará de volta à vida figuras icônicas da literatura e da música que estão enterradas em Père Lachaise, em Paris, França, incluindo Oscar Wilde, Molière, Edith Piaf e Jim Morrison.
A história é sobre as aventuras de uma menina de sete anos de idade, cuja vida solitária fica mais animada depois que ela conhece os mortos de Père Lachaise que saem todas as noites para cantar e tocar.
O filme será dirigido por Antoine Colomb e Rio Guillaume e pretende ser uma animação ao estilo Pixar.
"Os Fantasmas de Père Lachaise" está em pré-produção e tem estreia prevista para o final de 2014.

Foto: Túmulo de Oscar Wilde (Agência Reuters)

sábado, 8 de setembro de 2012

"Pietà", do sul-coreano Kim Ki-duk, leva Leão de Ouro em Veneza

Cefas Carvalho

Como sempre acontece, tenho os três principais festivais de cinema do mundo como referência e termômetro para os filmes de qualidade produzidos pelo mundo afora. E, como acontece com o futebol - outra paixão minha - acabo torcendo por este ou aquele cineasta às cegas, por pura afinidade, e, em 90% dos casos, não me decepciono.
Neste ano, saída a lista dos concorrentes do festival de Veneza, minha torcida institiva caiu sobre dois heróis meus: Paul Thomas Anderson e Kim Ki-duk. O primeiro, é o menino prodígio de Boogie Nights e que depois fez Magnolia (um dos meus filmes preferidos) e Sangue Negro. O segundo, sul-coreano, me foi revelado pelo pessoal da banca Sétima Arte e bastou assistir a Casa Vazia (que recebeu Leão de Prata em Veneza, em 2004, de melhor diretor) e Fôlego para perceber que ali estava um cineasta diferenciado. Depois assisti a O arco e semana passada a obra prima dele (até então) o maravilhoso Primavera, Verão, Outono, inverno... e primavera. Mais que normal torcer por The master, análise de Anderson sobre o messianismo e a fé com Joaquin Phoenix, ator que gosto muito e por Pietá, estudo de Kim sobre redenção, regado à violência e cenas fortes.
Eis que neste sábado leio nos portais que Pietá, vence o Leão de Ouro de Veneza, primeiro prêmio internacional importante do coreano, com Anderson vencendo como diretor. Agora é esperar que um milagre aconteça e os dois filmes aportem em Natal, ou, se não, baixar uma cópia legendada com qualidade. Em breve neste blog, uma resenha sobre os filmes de Kim. E segue abaixo a relação completa dos vencedores do festival.

Vencedores:

Leão de Ouro de melhor filme: Pietà, de Kim Ki-duk (Coreia do Sul)
Leão de Prata de melhor diretor: Paul Thomas Anderson por The Master (Estados Unidos)
Prêmio especial do júri: Paradise: Faith, de Ulrich Seidl (Áustria)
Volpi Cup de melhor atriz: Hadas Yaron por Lemale Et Ha'Chalal (Israel)
Volpi Cup de melhor ator: Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman por The Master
Prêmio Marcello Mastroianni de novo talento feminino ou masculino: Fabrizio Falco, por seus papéis em È Stato il Figlio, de Daniele Cipri, e Bella Addormentata, de Marco Bellocchio
Melhor roteiro: Olivier Assayas, diretor francês de Après Mai
Prêmio de melhor fotografia: Daniele Cipri, diretor italiano de È Stato il Figlio

terça-feira, 4 de setembro de 2012

"XXY": Filme argentino enfoca hermafroditismo e sexualidade com delicadeza

Cefas Carvalho

Não é desconhecido dos leitores atentos deste blog passional que sou fascinado pelo atual cinema argentino. Desde os medalhões Campenella ("O segredo dos seus olhos" e o "filho da noiva"), até filmes mais modestos e igualmente bons ("Nove rainhas"), o cinema platino vem se destacando. Pois que há tempos leio sobre um da nova safra que de quebra apresenta temática que me instiga: "XXY", sobre transexualidade e hermafroditismo. Ainda mais, casado com uma bióloga estudiosa do assunto, eis que para adquirir e assistir o filme foi um passo.
E um passo dos melhores. Dirigido por Lucia Puenzo (filha de Luiz Puenzo, diretor de "A história oficial", clássico dos anos 80), o filme é uma pérola de delicadeza (embora visceral) sem se preocupar com didatismos ou explicações médicas que poderiam soar maçantes. Nada disso. A preocupação de roteiro e direção é com o quadro psicossocial da jovem Alex, que logo descobrimos ser hermafrodita e que, aos 15 anos, começa a ter a sexualidade despertada, o que vai lhe colocar no perigoso campo das escolhas. A trama em si é impulsionada quando Alex e seus pais, que moram em uma cidade litorânea na divisa com o Uruguai, recebem um casal amigo com um filho também adolescente.
Sem cair em pieguismo, situações fáceis ou manipular o espectador com falsos clímaxes e situações limites, como cansa de fazer o cinemão americano, "XXY" se detrem na personalidade de Alex e nos comportamentos distintos de pai e mãe dela. Vale dizer que o pai, Kraken, é vivido pelo onipresente Ricardo Darin (sim, o mesmo de "O segredo dos seus olhos", "Nove rainhas", "O filho da noiva", "Um conto chinês", "Clube da lua" etc), sempre excelente. Igualmente ótima é a atriz Inés Efron que vive Alex, papel dificil e complexo. Em suma, ótimo filme para quem gosta de temas como sexualidade e genética ou para quem simplesmente curte bom cinema não-convencional. Também é um tapa com luva de seda (em certas cenas, com luva de boxe) no preconceito e na homofobia.