Cefas Carvalho
Como sempre acontece, tenho os três principais festivais de cinema do mundo como referência e termômetro para os filmes de qualidade produzidos pelo mundo afora. E, como acontece com o futebol - outra paixão minha - acabo torcendo por este ou aquele cineasta às cegas, por pura afinidade, e, em 90% dos casos, não me decepciono.
Neste ano, saída a lista dos concorrentes do festival de Veneza, minha torcida institiva caiu sobre dois heróis meus: Paul Thomas Anderson e Kim Ki-duk. O primeiro, é o menino prodígio de Boogie Nights e que depois fez Magnolia (um dos meus filmes preferidos) e Sangue Negro. O segundo, sul-coreano, me foi revelado pelo pessoal da banca Sétima Arte e bastou assistir a Casa Vazia (que recebeu Leão de Prata em Veneza, em 2004, de melhor diretor) e Fôlego para perceber que ali estava um cineasta diferenciado. Depois assisti a O arco e semana passada a obra prima dele (até então) o maravilhoso Primavera, Verão, Outono, inverno... e primavera. Mais que normal torcer por The master, análise de Anderson sobre o messianismo e a fé com Joaquin Phoenix, ator que gosto muito e por Pietá, estudo de Kim sobre redenção, regado à violência e cenas fortes.
Eis que neste sábado leio nos portais que Pietá, vence o Leão de Ouro de Veneza, primeiro prêmio internacional importante do coreano, com Anderson vencendo como diretor. Agora é esperar que um milagre aconteça e os dois filmes aportem em Natal, ou, se não, baixar uma cópia legendada com qualidade. Em breve neste blog, uma resenha sobre os filmes de Kim. E segue abaixo a relação completa dos vencedores do festival.
Vencedores:
Leão de Ouro de melhor filme: Pietà, de Kim Ki-duk (Coreia do Sul)
Leão de Prata de melhor diretor: Paul Thomas Anderson por The Master (Estados Unidos)
Prêmio especial do júri: Paradise: Faith, de Ulrich Seidl (Áustria)
Volpi Cup de melhor atriz: Hadas Yaron por Lemale Et Ha'Chalal (Israel)
Volpi Cup de melhor ator: Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman por The Master
Prêmio Marcello Mastroianni de novo talento feminino ou masculino: Fabrizio Falco, por seus papéis em È Stato il Figlio, de Daniele Cipri, e Bella Addormentata, de Marco Bellocchio
Melhor roteiro: Olivier Assayas, diretor francês de Après Mai
Prêmio de melhor fotografia: Daniele Cipri, diretor italiano de È Stato il Figlio
Estou curioso para ver THE MASTER. O Anderson é muito bom.
ResponderExcluirO Falcão Maltês