segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Animação francesa traz gato falante que discute religião



Cefas Carvalho

Por indicação do amigo cinéfilo Ewerton Alves, assisti neste final de semana – numa brecha entre trabalho e movimentações da campanha eleitoral - à animação francesa de 2011 O gato do rabino, cuja existência eu desconhecia até a semana passada. Trata-se de mais um desenho animado europeu feito à maneira antiga – desenho quadro sobre quadro – sem computação gráfica, com roteiro inteligente, soluções inesperadas e mesclando humor e drama.
A trama é curiosa: na Argel nos anos 30, um rabino descobre que o gato de sua filha pode falar. Na verdade ele não apenas fala mas discute deus e religião com os rabinos e, para ficar com sua dona, quer se converter ao judaísmo e fazer seu Bar Mitzvah. A partir daí, a trama mistura confltos religiosos, uma viagem pela África, amor e morte.
Realizado pelo cineasta e quadrinhista Joann Sfar a partir de sua própria história em quadrinhos, o desenho é um primor e merece ser conhecido. Curiosidade: Sfar é diretor do ótimo filme Gainsbourg - O homem que amava as mulheres, cuja história é narrada com animações criativas. Gainsbourg, como se sabe foi o compositor e cantor e cineasta bissexto, autor da pérola da bizarrice Je t´aime mon non plus (Paixão Selvagem, no Brasil).
Nestes tempos de Protógenes querendo a proibição do filme Ted, cabe aos pais ficarem de olho na Classificação Indicativa: 12 anos. A animação contém insinuações de sexo, consumo de álcool, assassinato, debates sobre a Bibilia e o Talmude e pode ser forte demais para pais à la Protégenes e seu pequeno Juan. Minha filhota Ananda, de 10 anos, escolada em animações européias e fã de Persépolis, Bibicletas de Belleville e do australiano Mary e Max, adorou. 

4 comentários:

  1. Rsrsrsrs. Valeu, dona Andressa, você que o é, com louvor. Dia desses compramos e revimos "Um gato em Paris" e lembramos a beça do Festival Varilux do ano passado. Se puder e tiver tempo, assista este "O gato do rabino". Beijo.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Nahud. Foi uma dica de Ewerton, da 7ª Arte que superou todas as minhas expectativas. A animação francesa vem se mostrando vigorosa e fervilhante neste período, sempre com roteiros inteligentes.

    ResponderExcluir