Cefas Carvalho
Por indicação do
amigo cinéfilo Ewerton Alves, assisti neste final de semana – numa brecha entre
trabalho e movimentações da campanha eleitoral - à animação francesa de 2011 O
gato do rabino, cuja existência eu desconhecia até a semana passada. Trata-se
de mais um desenho animado europeu feito à maneira antiga – desenho quadro
sobre quadro – sem computação gráfica, com roteiro inteligente, soluções inesperadas
e mesclando humor e drama.
A trama é curiosa:
na Argel nos anos 30, um rabino descobre que o gato de sua filha pode falar. Na
verdade ele não apenas fala mas discute deus e religião com os rabinos e, para
ficar com sua dona, quer se converter ao judaísmo e fazer seu Bar Mitzvah. A partir
daí, a trama mistura confltos religiosos, uma viagem pela África, amor e morte.
Realizado pelo cineasta
e quadrinhista Joann Sfar a partir de sua própria história em quadrinhos, o
desenho é um primor e merece ser conhecido. Curiosidade: Sfar é diretor do
ótimo filme Gainsbourg - O homem que amava as mulheres, cuja história é narrada com
animações criativas. Gainsbourg, como se sabe foi o compositor e cantor e cineasta bissexto, autor da pérola da bizarrice Je t´aime mon non plus (Paixão Selvagem, no Brasil).
Nestes tempos de Protógenes
querendo a proibição do filme Ted, cabe aos pais ficarem de olho na
Classificação Indicativa: 12 anos. A animação contém insinuações de sexo,
consumo de álcool, assassinato, debates sobre a Bibilia e o Talmude e pode ser
forte demais para pais à la Protégenes e seu pequeno Juan. Minha filhota
Ananda, de 10 anos, escolada em animações européias e fã de Persépolis,
Bibicletas de Belleville e do australiano Mary e Max, adorou.
Ananda: uma dádiva dos ninjas!
ResponderExcluirRsrsrsrs. Valeu, dona Andressa, você que o é, com louvor. Dia desses compramos e revimos "Um gato em Paris" e lembramos a beça do Festival Varilux do ano passado. Se puder e tiver tempo, assista este "O gato do rabino". Beijo.
ResponderExcluirInteressante. Ainda não tinha ouvido falar.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Pois é, Nahud. Foi uma dica de Ewerton, da 7ª Arte que superou todas as minhas expectativas. A animação francesa vem se mostrando vigorosa e fervilhante neste período, sempre com roteiros inteligentes.
ResponderExcluir