Não é segredo para ninguém que lê minhas escrevinhações que meu cineasta favorito é David Lynch (Bergman é deus, hours concours). Muito já se falou dele, inclusive o nome deste blog é uma homenagem à obra clima do cidadão, e o primeiro post do blog é um artigo sobre “Blue velvet”. O filme, aliás, tem três cenas que considero antológicas: Isabella Rosselini na boate cantando a música título; Dean Stockwell travestido dublando “In dreams” do mestre Roy Orbison e a cena final, com a felicidade fake das pessoas ao som de “Mysteries of love” (letra do prórpio Lynch) cantada por Julee Cruise.
Mas a cena de Lynch que mais me impressiona está em “Mullholand drive” (vamos esquecer o título nacional “Cidade dos sonhos”, por favor!). Aquela quando Naomi Watts e Laura Elena Harring vão ao Club Silêncio. Lá, um mestre de cerimônias insano explica aos espectadores (do club e do próprio filme) o mecanismo de manipular emoções (“Não há banda, é tudo gravação!”). Tenho a idéia de escrever uma crônica sobre esta cena e a questão da manipulação de que a arte é capaz. E, mesmo todos avisados sobre isso, acabamos nos emocionando com Rebekah Del Rio, “la llorosa de Los Angeles”, como diz o apresentador. No mais, uma versão em espanhol para “Crying” de Roy Orbinson só não emocionaria um paralelepípedo. Eis a citada cena.
Nossa... eu nunca tinha encontrado outra pessoa que já tivesse assistido Mollholand Drive!! hahahaah Filme complexo ao mesmo tempo que fisgante. Naomi Watts e Laura Elena formaram uma ótima dupla. E a cena é mesmo incrível.
ResponderExcluirÉ realmente uma cena incrível, caro amigo. O irreverente, criativo e maluco Lynch é sempre instigante. O meu preferido dele é ESTRADA PERDIDA.
ResponderExcluirAcabo de linkar seu blog.
Abração,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Olá, Nahud, é uma honra te-lo aqui no meu blog, eu que sou fã incondicional do seu Falcão Maltês. Valeu a linkagem e grande abraço!
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