Amigos e leitores sabem que torço o
nariz para o cinema americano atual, que, com as exceções que só confirmama
regra, se mostra estagnado, convencional e mais cheio de clichês do que nunca.
Daí a surpresa quando um filme de estúdio americano me agrada muito, principalmente
quando alia uma boa história com a narrativa segura. Foi o caso de “Histórias cruzadas”
(The help) o último dos “filmes do Oscar” que faltava ver (não, “Cavalo de
guerra” e “O homem que mudou o jogo” eu não assisto nem sob tortura). Drama
baseado em livro de sucesso nos EUA, “The help” fala sobre a situação das
negras no Mississipi racista dos anos 60 que tinham como única opção de
trabalho ser empregadas em casas “de brancos” e que, curiosamente, na prática
criavam essas crianças brancas. O painel social é bem feito e a trama
propriamente dita engata quando uma jovem jornalista – criada por uma empregada
negra – resolve escrever um livro sobre as impressões que estas mulheres tem
das casas, das patroas e da vida como um todo. Intrigas diversas, algum romance
e relações de amor e ódio costuram e permeiam a trama. Se uma ou outra cena
parece leve demais para a intensidade do tema, há que se louvar a decisão do
jovem diretor Tate Taylor de não deixar o filme ir para o dramalhão. Vale a
pena ressaltar o ótimo elenco, com destaque absoluto para Viola Davis e Octavia
Spencer, esta última vencedora de todos os prêmios – incluindo Oscar – de atriz
coadjuvante do ano.
Espera mais dele, mas o elenco é incrível e a trama sincera.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
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O Falcão Maltês